sábado, 31 de janeiro de 2015

10 razões para ver o Super Bowl



A final da NFL deste ano é já este domingo, dia 1 de Fevereiro, às 18h30 Eastern Time (23h30 em Portugal). Estas são as minhas 10 razões para ver o Super Bowl:

1. O desporto em si é dos mais espectaculares que existem. Claro que eu sou parcial neste aspecto porque jogo Futebol Americano, mas para quem gosta de jogos tensos e rápidos não há muitos assim. As regras necessárias para comprender o jogo são mais fáceis do que parecem, e há a questão do jogo parar muitas vezes. Mas o tempo de bola corrida junta componentes mentais e físicas que poucos desportos conseguem juntar. Falarei mais sobre isto noutro post.

2. O Super Bowl é o apogeu deste desporto. Em todos os aspectos. Na qualidade das equipas, na espectacularidade da transmissão e em todo o ambiente que se gera à volta deste jogo.

3. Ver com os amigos. Devido às próprias características do desporto, muito propenso a grandes highlights, a festa é sempre grande. A minha equipa, os Crusaders, vai juntar-se no Hennesy's Irish Pub no Cais do Sodré, e essa é a melhor maneira de ver este jogo. Ou qualquer jogo.


Até o Obama junta os amigos para ver o Super Bowl

4. Os snacks. É uma tradição americana juntar os melhores snacks que se conseguirem arranjar para ver este jogo, e eu não vejo porque é que não pode passar a ser uma tradição cá.




5. A transmissão. Ver Futebol Americano ao vivo pode ser difícil, o jogo é muito comprido e tem muitas paragens, mas o talento das televisões e dos comentadores norte-americanos anula isso completamente. Repetições, highlights, explicações das regras, análises e muita emoção na voz melhoram toda a experiência, mesmo para quem não percebe nada do que está a ver.

6. A publicidade. Geralmente os anúncios são aquilo que não queremos ver na televisão. Sobretudo num desporto com tantas paragens, a coisa pode tornar-se maçadora. Mas não durante o Super Bowl: este dia é o supra-sumo da publicidade, ou não custassem cada 30 segundos de tempo de antena à volta de 4,5 milhões de dólares. É bom que se apliquem.




7. O espectáculo ao intervalo. O half time show do Super Bowl é único no mundo do desporto, e mostra bem a dimensão deste dia. Mesmo para quem não gosta do desporto em si tem sempre alguma coisa para ver; este ano temos a Katy Perry e o Lenny Kravitz.

7. Tom Brady, Rob Bronkowski e os New England Patriots. Para Tom Brady, esta é o sexto Super Bowl (segundo na lista de recordes), e já o ganhou por três vezes. Teve um playoff impressionante, onde mostrou um lado mais efusivo do que o normal. Gronk, o tight end da equipa, foi o melhor na sua posição durante a época e é fantástico ver a habilidade para correr rotas e apanhar a bola num tipo tão grande e pesado; é quase impossível de parar e vamos ver se a defesa dos Seahawks o consegue fazer.



8. Russel Wilson, Marshawn Lynch, Richard Sherman e os campeões em título Seattle Seahawks. Richard Sherman é sem dúvida um dos melhores defesas da liga. Ao contrário da maioria dos jogadores que faz a quantidade de trash talk que ele faz, é incrivelmente dedicado ao desporto e focado no seu trabalho, elevando o nível de empenho da sua equipa através da sua atitude. Muitos quarterbacks da liga costumam evitar lançar passes para a zona de Sherman, mas o mesmo não se passa com o Tom Brady e podemos ter situações para o defesa dos Seahawks brilhar. Wilson (quarterback) e Lynch (running back) são os homens-chave do ataque dos Seahawks e a versatilidade de Wilson a passar, correr ou entregar a Lynch, que parece um comboio a correr com a bola, tornam o jogo ainda mais espectcular. Os Seahawks vêm de uma vitória no prolongamento, numa reviravolta daquelas dos contos de fadas, sobre os Green Bay Pakers o que lhes dará uma motivação extra para revalidar o título.




9. É o único jogo do ano em que não é preciso ter o gamepass da NFL, SportTV ou tv pirata. Em Portugal já há alguns bares e cafés que passam o jogo, um pouco por todo o país. Vejam este site.

10. Wildcard. A minha 10ª razão ainda não aconteceu. Há sempre qualquer coisa memorável que acontece no jogo e toda a gente quer dizer que a estava a ver ao vivo e que o pub onde estava foi ao rubro. Ou é alguém que é apanhado a fazer qualquer coisa idiota pelas câmaras, ou há a "melhor fatiota de adepto de sempre", ou alguém quebra um recorde, ou um highlight que fica para a história.



quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Simular uma agressão já sai naturalmente

Relacionado com um post que escrevi há algum tempo, vejam este vídeo:



As "fitas" no futebol são uma coisa terrível, se bem que às vezes cómica, e tem de se fazer alguma coisa para as eliminar. Para bem do desporto e pelo respeito que temos aos jogadores.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

A importância do desporto II - neurónios espelho

Para conseguir explicar o impacto que o desporto tem em nós é preciso começar por algo mais genérico: a maneira como o nosso cérebro funciona. Algures durante a nossa evolução desenvolveram-se, mais do que noutras espécies, os neurónios espelho - aquilo que nos permite aprender não apenas quando fazemos uma coisa mas também quando vemos uma coisa a ser feita. Para uma análise mais detalhada vejam este artigo

Quando vemos uma acção a ser feita cerca de 1/5 dos neurónios relacionados com essa acção disparam no nosso cérebro, o que nos permite entender imediatamente a acção que está a ser feita e qual é o seu objectivo. Inclusivamente permitem-nos compreender as emoções provocadas pela acção e pelo seu resultado. Estes 20% são um número suficiente para, por vezes, provocar alterações nos nossos batimentos cardíacos e respiração, mesmo que só estejamos a ver qualquer coisa pela televisão.


Os neurónios espelho também explicam, em parte, por quem torcemos num jogo. Marco Iacoboni, especialista no estudo destes neurónios, diz o seguinte: "É sabido que temos tendência para imitar pessoas que são mais como nós. Quando estou a ver o Federer a jogar contra o Djokovic, é mais provável que vá "espelhar" mais o Federer porque gosto mais dele". Isto é algo que pode definir a nossa preferência clubística ou que jogadores gostamos mais de seguir nos diferentes desportos; é importante referir que não será apenas a habilidade física que determina essa predilecção mas também o quanto nos identificamos com a pessoa ao nível do comportamento e discurso, uma vez que tudo isso faz disparar os nossos neurónios espelho.

Para além de nos permitirem receber do desporto todas as coisas fantásticas deste mundo (e das quais falarei noutros posts), os neurónios espelho têm duas funções imediatas que fundamentais para a importância do desporto. 

Primeiro, com o desporto podemos melhorar a maneira como o nosso corpo se mexe, vendo pessoas com uma habilidade acima da média a fazê-lo. Chutar ou encestar uma bola não terá uma correspondência directa no dia a dia, mas são gestos semelhantes aos que fazemos e que aprendemos a fazer vendo os outros.


Resta aquela que talvez seja a melhor coisa que os neurónios espelho nos dão, sobretudo quando falamos de desporto: se os neurónios espelho fazem disparar cerca de 20% da actividade mental (claro que, para isso, temos de estar realmente embrenhados na acção a decorrer) da que teríamos se realmente fizéssemos aquela acção, significa que temos imediatamente acesso a uma parte do positivo e negativo - da energia vital - que é inerente ao desporto. Qualquer adepto pode esperar sentir-se mais vivo com todas as emoções que os jogadores em campo transmitem a quem os vê, só por estar a vê-los.


So in a last phone call, I asked Iacoboni if mirror neuron activity made us feel good. 

“Oh, yeah,” he said. “Although this is something very hard to prove, it makes a lot of sense. If this system is important for the things we believe it is, which is social cognition, understanding the mental states of others, empathizing with others, and how to learn things just by watching others, evolution must have devised something that makes us feel good when we activate these cells, which makes us do it more and more, because that is an adaptive mechanism. The popularity of watching sports is a good demonstration of this.”






sábado, 3 de janeiro de 2015

Top 10 de afundanços de 2014

Gosto muito de ver NBA. Gosto ainda mais de ver highlights da NBA. Aqui estão os 10 melhores dunks de 2014.